Narrativa Oral

FORMOSOS MONSTROS

Cada bicho encantado tem sua forma, tem seu jeito, tem seu modo de assustar.
​Com ele, não brinco, não.
​Passo longe e só espio, nem dou conta de encarar.
​Por isso conto seu causo, como ele apareceu e o que faz para assombrar.

Quem nunca criou um monstro na sua imaginação? Essas criaturas fantásticas estão presentes no imaginário do ser humano, desde sempre. Crescemos vendo monstrinhos embaixo da cama, em cima do guarda-roupa, ao lado da porta, sempre com olhão aberto a nos espiar.

É sobre o universo destas criaturas irreais, que trata esse espetáculo. Aqui, literatura falada em dois suportes. Uma mistura da narração oral presencial e da narração digital.

Você irá conhecer seres que surgiram da imaginação de muita gente. Todas fantásticas e assombrosas, já que para ser um monstro é preciso fazer parte do bizarro. Você vai conhecer o Octopés (o meu monstrinho!), Aho Aho, Matintaperera, Curacanga, Kukulcan, Fenrir, Unicórnio, Fênix, Basilisco, Bunyp, Mandrágora, Esfinge e Dragão.

Divirta-se e depois crie o seu.

CONTOS DE NATAL

Toca o sino anunciando o nascimento do Menino.
A menina quer uma estrela de presente.
O sapatinho na janela aguarda o Papai-Noel.
Befana voa pelo céu carregando n boca uma sacola.
Dentro dela esperança e amor.

Narrativa poética de contos que remetem ao imaginário do Natal. Diferentes olhares para diferentes culturas. O programa apresenta contos singelos e curiosos que falam ao coração e nos lembram, que o sentido do Natal está relacionado com o espírito de amor e fraternidade.

Poeticamente nos falam sobre o significado do nascimento do Menino Jesus. Nos apresentam a lenda que dá origem a entrega dos presentes na noite de 24 de dezembro, relacionada com São Nicolau, o primeiro Papai-Noel da história cristã.

Falam da Befana, personagem do folclore italiano, a fada que virou bruxa ao assumir a tarefa de distribuir presentes no dia de Reis.

O espetáculo é embalado por cantigas tradicionais natalinas e outras, que lembram essa data.

NOS CAMPOS DO PAIQUERÊ

Paiquerê, Paiquerê
Céu de estrelas, chão de ipê meu Paiquerê.
Paiquerê, Paiquerê, sonho e encanto, sol e luz no Paiquerê.
Meu tesouro mais formoso é o Paiquerê.
Todos querem sua porção de Paiquerê.

Todo povo tem suas narrativas mítica. Histórias fantásticas que falam do surgimento do universo, do homem e das coisas. As histórias deste programa fazem parte da mitologia Kaingang e Guarani. Contam como os índios enxergam o paraíso, o Paiquerê, lugar desejado onde se encontra a felicidade e a paz.

Nos apresentam Fiietó, valente guerreiro que conquistou o fogo para seu povo. Narram a saga dos heróis gêmeos que reconstruíram o mundo após o dilúvio. Contam uma história de amor.

Temas universais tratados pelo olhar dos povos que habitavam o Sul do Brasil, muito antes dele se chamar Brasil. As histórias:

  • Paiquerê, o paraíso dos Kaingang;
  • A conquista do fogo;
  • O dilúvio;
  • Naipi e Tarobá.

O espetáculo foi realizado em 2009, no teatro do Museu Oscar Niemeyer e contou com o patrocínio da ALL e Deville. Apoio da Fundação Cultural de Curitiba. Uma produção conjunta Unicultura e CLB Produções. Foi um grande sucesso de público. Aproximadamente 6 mil crianças assistiram à peça, gratuitamente.

MITOS DO FOGO

No início eram trevas, e Deus disse:
“Faça-se a luz” e a luz se fez.
Deus viu que a luz era boa. Ele dividiu a luz das trevas.
Chamou à luz, Dia, e às trevas, Noite.
Foi um bom trabalho.

A unidade do programa encontra-se no elemento fogo. Aqui ele simboliza não só a possibilidade de desenvolvimento de uma sociedade, mas também o princípio de criação-destruição do mundo.

Com o uso de pequenos elementos sonoros, apitos, caixinhas sonoras, harmônica, kalimba, a narradora vai construindo este espetáculo narrativo que poderá ser apresentado em diferentes locais, desde que se observem algumas especificidades da narrativa, como o silêncio do ambiente e a proximidade entre narrador e ouvinte.

Os contos fazem parte do repertório popular de diferentes povos. Cada um explica, a sua maneira como o fogo surgiu na sua comunidade. Para alguns ele foi conquistado com ousadia, outros o descobriram por acaso. Os contos, os povos:

PROGRAMA

  • O corvo, o fogo (Esquimós)
  • A criação do mundo (Tupinambás/Brasil)
  • Amaterasu (Japão)
  • O sol e os meninos (Bosquímanos/África do Sul)

NARRATIVAS INDÍGENAS

No início só existia Mavutsinim.
Um dia ele fez uma concha virar mulher e com ela teve um filho.
Pegou o menino e foi embora, deixando a mulher só.
Ela chorou, chorou, e depois voltou para o seu lugar, a lagoa, e voltou a ser concha.

O repertório poético dos indígenas do Brasil é rico e desconhecido. Sempre que pensamos nessas narrativas nos vem à mente o resumo da história: dos solhos do menino surgiu o guaraná, por exemplo. Resumo não encanta. Por isso, a narradora criou uma releitura desses contos, sem perder aquilo que os torna únicos, sua voz, e o que eles representam na organização da sociedade indígena.

O que irá se assistir é a história de 500 anos, uma história que pensamos conhecer. Elas impressionam pela diversidade, pelos gêneros de fala, pelos recursos semânticos, pelo fantástico e poético.

Neste programa são manipulados alguns instrumentos sonoros confeccionados por povos indígenas, como chocalhos e apitos usados para atrair os pássaros.

  • João e Maria (Craô);
  • Como as estrelas surgiram no céu (Bororós);
  • A árvore do Tamoromu (Wapishana).

UMA VIAGEM PELO OLIMPO

No início só existia o Caos, treva insondável, abismo profundo.
Nele vivia Nix, a Noite, sua filha silenciosa, escura e vazia.
Ali também vivia Érebo, irmão da Noite e morada de Thanatos, a Morte.
Misteriosamente, das trevas e da morte nasceu Eros, o Amor.
O Amor criou a luz, o dia e a vida.

Nesta seleção de mitos gregos, relatados pelos poetas Ovídio, Apolônio de Rodes e Apuleio, o ouvinte será enviado ao início do mundo, quando os deuses ainda viviam entre os homens, ou melhor, quando os deuses eram homens e andavam pela terra.

As histórias que fazem parte deste repertório são grandiosas e epopeicas como é esta mitologia. Os mitos carregam ensinamentos arquetípicos. Perseu fala sobre a inevitabilidade do destino. Faetonte mostra o confronto com a figura paterna como um ritual de passagem. Píramo e Tisbe mostra a face trágica do amor.

  • Perseu;
  • Faetonte;
  • Píramo e Tisbe.

ENTRE FADAS E BRUXAS

Era uma vez, no tempo em que os desejos ainda se realizavam,
um rei que tinha filhas belas.
A mais jovem, porém, era de uma beleza tal,
que até o sol que já tinha visto tanta coisa
se alegrava ao iluminar seu rosto.

Narrar histórias é uma prática antiga. Os homens sempre usaram os contos para divertir, educar e apresentar as bases para a formação do ser humano. Valores como a coragem, amor, determinação, ousadia, generosidade (entre outros) sustentam essas narrativas.

Os contos de fadas são bons exemplos. Eles falam por uma linguagem simbólica e nos animam a seguir em frente, apesar dos perigos. A fé, os mistérios inexplicáveis, os segredos da natureza e os relacionamentos humanos encontram espaço neste gênero literário.

O espetáculo narrativo utiliza alguns instrumentos sonoros e um elemento cênico que se transforma em diferentes imagens, a cada história narrada.

PROGRAMA 1

  • O rei sapo;
  • As três penas;
  • Os sete corvos.

PROGRAMA 2

  • Joanorzim;
  • A velha sacola de couro;
  • O livro mágico.

CONTOS DE ENSINAMENTO

Um homem tinha um machado. Um dia ele desapareceu.
O homem logo suspeitou do filho do vizinho.
O rapaz andava feito ladrão, tinha cara de ladrão, falava como ladrão.
Pouco depois, enquanto arava o campo, o homem encontrou o seu machado.
Mais tarde, ao encontrar o filho do vizinho, o rapaz andava,
parecia e falava como qualquer outro moço da aldeia.
(conto da tradicional oral alemã)

Existem histórias que fazem rir. Outras que fazem chorar. Outras não nos dizem nada. Mas existem histórias que nos levam a refletir sobre a vida e nos colocam em contato com nosso mundo de dentro.

Estes contos foram concebidos por tradições, como o budismo, sufismo, taoísmo, hassidismo, cristianismo, zen. Histórias que vertem o olhar para os valores fundantes do ser humano. Histórias que falam ao coração e criam uma sensação de pertencimento a algo maior. Elas são universais e atemporais. Por isso encantam e sensibilizam.

PROGRAMA

  • Quando Buda nasceu papagaio (budismo);
  • O mestre, o príncipe e a águia (sufismo);
  • A história do bondoso rei Sivi (budismo).

IMAGINÁRIO BRASIL

Feche os olhos criança, feche os olhos.
Hora de sonhar. Hora de imaginar.
Nossas histórias não têm rei, não tem rainha.
Não tem dragão, nem fada madrinha.
Nossas histórias tem os sons que vem da noite.
Tem o cheiro da mata escura.
Tem seres do fogo, da terra, da água e do ar.
Nossas histórias são verdes, amarelas, brancas e azul-anil.
Nossas histórias começam assim.

Tempo de magia verde e amarela. Tempo de mergulho no imaginário do Brasil. Nosso acervo mito-poético é repleto de seres fantásticos, resultado da mistura de culturas que formaram nosso país. Criaturas metamorfoseadas, papões gigantescos. Andam de Norte a Sul a meter medo na criança. Mas sentir medo é bom, por isso elas sempre pedem mais.

  • Cobra Norato;
  • Negrinho do Pastoreio;
  • Mão-de-cabelo;
  • Papa Figo.

CONTOS E ENCANTOS DOS 4 CANTOS DO MUNDO

Seja bem-vindo ao mundo maravilhoso dos contos encantados.
Você vai ficar na companhia de fadas, bruxas,
pássaros misteriosos, monstros ameaçadores
e toda espécie de seres de fogo da terra da água e do ar.
É só escolher uma direção.
Norte, Sul, Leste ou Oeste e chegar nos 4 cantos do mundo.
Agora é com você.

Um passeio transcultural, por meio de uma seleção de contos que fazem parte do CD-ROM Contos e Encantos. Este espetáculo narrativo reverencia a riqueza da literatura oral, as crenças, as culturas e os valores de cada povo aqui representado.

Que ele sirva para encurtar as distâncias do planeta Terra e valorizar as diferenças entre os seres humanos. Que ele possa sensibilizar corações, promover o reconhecimento e a valorização da diversidade, derrubar preconceitos e reforçar a Paz entre os povos da Terra.

PROGRAMA

  • A água da vida (Rússia);
  • Elza, a mulher selvagem (Áustria);
  • Yamamanes (Peru);
  • O marido da mãe d’água (Brasil).